Patronal resiste em conceder o aumento
Com data-base em 1º. de setembro, os comerciários já deram o pontapé inicial nas negociações em mesa redonda na Regional do Ministério do Trabalho e Emprego.
A Federação dos Comerciários do Estado de São Paulo (Fecomerciários), a Federação do Comércio Varejista (Fecomercio) e o Sindicato dos Empregados no Comércio de Sorocaba (Sincomerciários) já iniciaram as negociações em torno do reajuste salarial da categoria comerciária da base pertencente aos municípios de Sorocaba, Votorantim (representada pelo patronal de Itu) e São Roque.
Na base de Sorocaba, a primeira reunião oficial entre o presidente do Sindicato dos Comerciários, Ruy Amorim, com a direção do Sindicato Varejista de Sorocaba (patronal), representada por Fernando Sorans e jurídico de ambas as entidades aconteceu no último dia 11, quarta-feira, na sede da Gerência Regional do Ministério do Trabalho e Emprego de Sorocaba. Na ocasião, Amorim enfatizou a importância da pauta de reivindicações encaminhadas ainda no mês de agosto à entidade patronal para análise, já que a data-base dos comerciários é 1º. de setembro.
O Sindicato dos Empregados pleiteia cerca de 11,5% de reajuste salarial, sendo 5% de aumento real e 6,5% de reposição da inflação do período, além de implantação oficial da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) nas empresas do setor, cesta básica, plano de saúde para o trabalhador, redução da jornada de trabalho de 44 para 40 horas, e ainda a garantia das mais de 70 cláusulas trabalhistas já existentes no Acordo Coletivo anterior da categoria. Entre elas, os dois dias a mais de salário no bolso dos trabalhadores, assegurando no mês de outubro, como prêmio pelo Dia do Comerciário, comemorado no dia 30 do referido mês, e também, as garantias para o funcionário que trabalha nos feriados, com pagamento em dobro, folgas, vale transporte e alimentação.
“Conseguimos nessa primeira reunião a garantia do patronal de que as cláusulas sociais existentes sociais sejam mantidas. Mas queremos mais, a categoria foi regulamentada recentemente pela presidente Dilma, resultado de uma grande mobilização e de luta do movimento sindical comerciário.
Precisamos agora fazer com que o empregador entenda de uma vez por todas o quanto é importante a mão de obra comerciária no mercado, aliás, mão de obra que está se tornando escassa devido à falta de respeito com que eles tratam os comerciários”, desabafou.
E disse ainda: “Temos travado árduas batalhas para fazer com que os patrões respeitem a carga horária dos comerciários e que garantam suas folgas, entre outros benefícios que diariamente são ameaçados pela ganância comercial, especialmente das grandes redes comerciais”.
Ainda segundo Amorim, os comerciários têm o direito de reivindicar um reajuste digno, pois é uma categoria de extrema importância para a economia dos municípios, são trabalhadores que têm uma jornada bastante exigida e precisa ter suas compensações.
A próxima reunião entre as entidades ainda não tem data definida, mas deverá acontecer nos próximos dias também na sede da Gerência Regional.