GERDAU: Chega de enrolação 2...

 

Na sexta-feira, dia 29 de novembro, foi publicado no jornal Estado de Minas, o investimento que a Gerdau fará em Minas Gerais de R$5,8 bilhões para entrar na disputa do consumo de ferro no Brasil e no exterior.

De acordo com a matéria, “a siderúrgica sairá de um volume estimado de 11,5 milhões de toneladas de minério de ferro no ano que vem para 24 milhões de toneladas dentro de sete anos. Os recursos reservados para a siderurgia darão impulso à atuação recente da Gerdau no comércio de aços planos, chapas, bobinas e perfis consumidos pelos fabricantes de automóveis e eletrônicos.

André Gerdau destacou, na solenidade de assinatura de acordo firmado com o governador de Minas, Antônio Anastasia, “que os recursos viabilizam dois dos maiores planos da história do grupo”.

Assim como o Sindicato, os colaboradores da Gerdau torcem pelo sucesso deste investimento, porém, um investimento deste porte sem o comprometimento dos trabalhadores, acaba sendo um grande risco. Comprometimento este, que pode ser conquistado somente com a plena satisfação dos funcionários.

Sabemos que todo trabalhador quer participar e ver o crescimento da empresa perante o mercado, mas todo esse sucesso deve ser traduzido em salários decentes para os trabalhadores, plano de saúde sem custo, auxílio faculdade para o colaborador e seus dependentes e demais benefícios que agregam a renda do trabalhador.

Investir somente em máquinas e logística, esquecendo o principal que é o trabalho humano, é no mínimo, um “tiro no pé.

Na reunião de segunda-feira, dia 02 de dezembro, a Gerdau fez uma contraproposta que não condiz com as reivindicações da categoria, fazendo com que a diretoria do Sindicato se retirasse da mesa de negociação.

A empresa ofereceu ZERO por cento de aumento real, mantendo apenas 5,58% de reposição das perdas inflacionárias e um abono no valor de R$1.500,00 (mil e quinhentos reais).

Quanto a reivindicação do Sindicato em reduzir o banco de horas de 120 para 60 dias, além do pagamento imediato de todas as horas-extras que estão incluídas neste banco, a Gerdau aceitou a proposta em partes: Reduziu o banco de horas para 90 dias e estuda a possibilidade de pagar uma porcentagem dessas horas excedentes que já estão acumuladas.

Na terça-feira, dia 03 de dezembro, vamos nos reunir novamente com a empresa, onde esperamos uma nova contraproposta decente para apreciação dos trabalhadores durante assembleia, a ser realizada na quinta-feira, dia 05, as 17h30min., conforme edital publicado no verso.

FONTE: Assessoria de Imprensa do Sindicato