Assédio moral, demissões e punições arbitrárias são uma constante para os trabalhadores da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) que neste ano destacam o combate a tais práticas como item fundamental da pauta de reivindicação da categoria.
Os trabalhadores também reivindicam um novo Plano de Cargos e Salários; a responsabilidade da empresa pelos custos de acidentes e doenças de trabalho; concurso público; reposição salarial com ganho real; valorização do trabalhador na elaboração das ações de segurança e proteção coletiva; redução da jornada de trabalho; e garantia de recursos para premiação e promoção dos empregados.
Em Sergipe, a mobilização puxada pelo Sindicato Nacional dos Trabalhadores de Pesquisa e Desenvolvimento Agropecuário (Sinpaf) está em curso desde o mês de fevereiro, quando tiveram início as primeiras reuniões do acordo coletivo.
Em maio a pauta de reivindicação foi entregue à direção da empresa. Um mês depois, e sem nenhum avanço, a direção da Embrapa pediu a suspensão das negociações por 15 dias – prazo para elaborar junto ao Governo Federal uma proposta financeira aos trabalhadores da empresa.
Mas no dia 17 de junho a administração ainda não tinha resposta e solicitou nova suspensão das negociações.
Diante do impasse, no fim do mês de junho os trabalhadores realizaram um Café da Manhã de Mobilização para dialogar com a base sobre as dificuldades de avançar na negociação com a empresa e sobre a necessidade de união para o fortalecimento da luta.
O vice-presidente do Sinpaf, Eduardo Oliveira, relata que os campos experimentais não atendem às condições de salubridade, alimentação e apoio que o trabalhador necessita. “Estamos em estado de assembleia permanente. A qualquer momento podemos convocar assembleia para paralisação”, alertou.
Eduardo Oliveira enfatizou que a luta sindical engloba os trabalhadores da empresa em todas as carreiras. “Nosso movimento é em prol de todas as diferentes carreiras de trabalhadores da empresa: pesquisadores, analistas, assistentes e técnicos. O presidente da empresa não pode se omitir nesta luta.
Pois a Embrapa só é uma empresa fundamental para o desenvolvimento da nação brasileira graças à dedicação do trabalhador que muitas vezes trabalha sem os Equipamentos de Proteção Individual (EPI), em estado de isolamento que provoca o estresse e outros danos psicológicos”, observou.
CUT