As principais ruas da capital de Mato Grosso do Sul, Campo Grande, foram tomadas por mais de 20 mil trabalhadores do campo, da cidade, jovens do movimento estudantil e indígenas que fizeram um verdadeiro mar de bandeiras dos movimentos sociais e sindicais de Mato Grosso do Sul, no manifesto da classe trabalhadora, na manhã desta quinta-feira (11).
As centrais sindicais, puxadas pela CUT-MS (Central Única dos Trabalhadores de Mato Grosso do Sul), realizaram uma grande marcha nas ruas do centro de Campo Grande e no final realizaram um grande ato público na principal praça da cidade, a Rádio Clube. Mais de 30 sindicatos cutistas participaram da manifestação que foi chamada de Movimento da Classe Trabalhadora de Mato Grosso do Sul.
Segundo o presidente da CUT-MS, Genilson Duarte, o movimento superou as expectativas no estado. “Nós estávamos pensando que haveria cerca de 15 mil pessoas nas ruas hoje e já temos as estimativas que as forças policiais calculam cerca de 20 a 30 mil, com certeza superamos as nossas expectativas e conseguimos mostrar para toda a sociedade que a unidade da classe trabalhadora é capaz de sair as ruas e lutar pelos nossos direitos sempre. Agora queremos que o Congresso Nacional ouça as vozes das ruas e coloque em pauta as nossas reivindicações”, ressalta.
O Movimento de Luta pela Classe Trabalhadora de MS levou para as ruas as seguintes pautas nacionais: Redução da Jornada de Trabalho para 40h semanais, sem re
dução de salários; Fim do fator previdenciário; 10% do PIB para a Educação; 10% do Orçamento da União para a Saúde; Transporte público e de qualidade; Valorização das Aposentadorias; Reforma Agrária; Suspensão dos Leilões de Petróleo; Contra o PL 4330, sobre Terceirização; Pela Democratização da Comunicação e pela Reforma Política. O ato pretende reunir mais de 15 mil trabalhadores de todo o estado.
No plano estadual foram cobradas ações para a celeridade na demarcação das terras indígenas, um drama dos direitos humanos no estado, a valorização dos servidores públicos pelo governo estadual e a punição à máfia do câncer, que foi descoberta pela Operação Sangue Frio, que escandalizou o país.
CUT/MS