O presidente do Sindicom (Sindicato do Comércio Atacadista e Varejista de Dourados) Valter Castro entrou em contato  na manhã desta sexta-feira (25) e disse que a abertura do comércio aos domingos e feriados não escravizaria o trabalhador e traria desenvolvimento para Dourados.

Na tarde de ontem, a reportagem do site procurou Castro para falar sobre o assunto que vem discutido há anos no município e será tema de Audiência Pública na noite de hoje, às 19h, na Câmara de Vereadores.

“Ninguém vai escravizar empregados como diz o Pedro Lima [presidente do Secod (Sindicato dos Empregados no Comércio de Dourados)], até porque eles só poderão exercer suas atividades por dois domingos ao mês, com direito a folga durante a semana. Então, essa é uma desculpa de quem não quer trabalhar”, contou Castro.

Também em entrevista  [leia material completo abaixo], Lima acredita que o funcionamento do comércio aos domingos e feriados, explorará o funcionário e ainda contribuirá para a desagregação familiar.

“Muitos pais só veem os filhos, familiares e amigos aos domingos, então essa atitude para mim é colaborar com o fim das famílias e outra coisa, muitas empresas de pequeno e médio porte não possuem condições de concorrer com as grandes” afirmou ele.

Diante desta afirmação, Valter Castro argumentou dizendo que ninguém é obrigado a abrir as portas durante o final de semana e feriado.

“Abre quem achar que deva funcionar. Ninguém é obrigado. Atualmente Dourados conta com mais de 200 mil habitantes, é cidade polo de uma região muito rica e próspera, atraindo centenas de famílias todos os finais de semana para lazer e busca de produtos que não encontram em seus municípios. Todas acabam se deslocando para o shopping e os lojistas querem o direito de também poder funcionar, mas fica a cargo do empregador essa opção”, contou.

PESQUISA

Segundo Castro, uma pesquisa encomendada pelo Sindicom mostrou que no primeiro momento, 36% aprovaram a abertura aos domingos e feriados. “Este foi o primeiro passo para começarmos uma discussão e agora precisamos aprofundar esse debate”, disse.

Em relação ao fraco movimento do comércio no feriado de Tiradentes, na segunda-feira (21), o presidente disse que já era esperado.

“Na mesma pesquisa encomendada, os números já mostravam que o movimento seria baixo. A maior participação acontecem no aniversário de Dourados e na Padroeira da cidade – ambos em dezembro – e no dia 11 de outubro, divisão do Estado”, contou.