O Sindicato dos Empregados no Comércio de Dourados (Secod) ganha mais um aliado na queda de braço com classe patronal que quer a abertura dos estabelecimentos aos domingos e feriados. O vereador Marcelo Mourão (PSD), presidente da Comissão de Indústria, Comércio e Turismo da Câmara Municipal, disse estar do lado dos comerciários.
Após debate realizado na última sexta-feira na sede do legislativo, envolvendo trabalhadores, empresários e autoridades política, o vereador usou sua página oficial em uma rede social para se posicionar.
“O debate [...] foi ótimo, pude ouvir e sentir o quanto o assunto é pertinente e importante. Penso que abrir o comércio aos domingos é um equívoco. Sou absolutamente contra. Essa é a minha opinião, assim como o dia 20 de Dezembro, aniversário da cidade que para mim também deve ser respeitado”, disse Mourão.
Por sua vez, o diretor do Secod, Pedro Lima, enalteceu o apoio recebido do vereador. Em recente entrevista ao Dourados Agora, ele explicou porquê a classe trabalhadora é contra. “O comércio de Dourados não precisa ser aberto aos domingos, não há necessidade. Acredito que o consumidor já tem tempo suficiente para fazer as compras de segunda à sábado. Aos domingos e feriados, o trabalhador do comércio, assim como qualquer outro, merece seu descanso”, disse.
O tema vem sendo amplamente discutido por todas as partes envolvidas, ganhando também espaço de destaque na imprensa local, todavia, ainda está longe de uma definição que agrade patrões e empregados.
No dia 27 de março, este jornal publicou uma nota da Câmara de Dirigentes Lojistas de Dourados (CDL), pela o qual o presidente da entidade, Cândido Gimenez, expõe alguns argumentos sobre a necessidade da abertura do comércio.
“As pessoas já vem aos domingos de manhã fazer compras no Atacadão e no shopping; você só vai criar mais opções para elas. Isso vai atrair cada vez mais gente”, ressalta o presidente. “E as lojas não são obrigadas a abrir no domingo. Abre quem quiser”, disse Gimenez, lembrando que a cidade é um polo regional de 38 municípios, e que a medida deve gerar mais empregos e renda, minimizando os efeitos da concorrência com o Paraguai.
Dourados Agora/Renan Nucci